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Fisiculturismo masculino: conheça o esporte!

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Fisiculturismo é uma prática que tem por objetivo fortalecer os músculos, que ganhou uma legião de apaixonados pelo mundo. Para moldar o corpo da melhor forma, os praticantes mantêm variações nas contrações em relação a ângulos para alcançar o melhor desenho dos músculos.

Além disso, quem busca a hipertrofia utiliza algumas estratégias, não só de treino, mas de vida, para chegar ao seu objetivo. Isso inclui descanso adequado, nutrição especial e suplementação alimentar.

O fisiculturismo masculino, quando encarado como esporte, tem espaço nos Jogos Pan-americanos e nos Jogos Asiáticos — além de competições locais —, e tenta lugar nos Jogos Olímpicos.

Para participar das competições, os atletas precisam atender a alguns pré-requisitos, como ter volume dos músculos, proporção entre eles e definição muscular. A competição é disputada por meio da comparação das seguintes condições:

  • tamanho dos músculos;
  • força;
  • proporção;
  • definição;
  • estética.

Origem do fisiculturismo masculino

Uma das primeiras referências históricas relacionadas ao fisiculturismo vem da Grécia e faz referência a Milon de Crótona. Ele era um atleta olímpico invejado, e seu treino era baseado em carregar um bezerro. Ele colocava o animal nas costas e andava. À medida que o animal crescia, seu corpo ia acompanhando as adaptações necessárias para continuar andando com o bezerro nas costas.

Ou seja, é a primeira aplicação do “princípio da sobrecarga” de que se tem notícia e que prega o aumento de pesos aos poucos para promover a evolução fisiológica.

Primeiros campeonatos

Já na história moderna, o esporte só foi se desenvolver no século XX. Em 1939, foi criado o Mister América, e em 1940, acontece o primeiro campeonato de fisiculturismo, mas que não utilizava a força como meio de avaliação. O campeão foi John Grimek, que exibia volume, simetria, definição e proporção acima da média para a época.

O Mister Olympia só surgiu em 1965. Ele teve como campeão Larry Scott, mas o mais famoso vencedor da competição é o ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenneger. Ele faturou o campeonato 7 vezes, tornando-se um dos maiores ícones do fisiculturismo. Contudo, Arnold não foi o maior vencedor da competição, esse feito ficou para Lee Haney e Ronnie Coleman, com 8 conquistas cada na chamada era de ouro do fisiculturismo.

O final dos anos 80 e o início dos anos 90 ficaram conhecidos no mundo bodybuilding como era “freak”, com atletas exibindo físicos cada vez maiores. Muito desses resultados eram obtidos com o avanço no conhecimento das dietas, treinos e estudos fisiológicos, mas também da entrada de esteroides e anabolizantes na equação, o que produzia corpos cada vez maiores.

Categorias do fisiculturismo

O esporte é regulado pela Federação Internacional de Fisiculturismo e Fitness (IFBB), que tem representantes no Brasil: a IFBB Brasil. A entidade foi fundada em 1940 e supervisiona os principais eventos internacionais do esporte — especialmente os Campeonatos Mundiais e Continentais. Além disso, ela define as categorias competidoras que, no fisiculturismo masculino, estão divididas em quatro tipos: bodybuilding, fisiculturismo clássico, men’s physique e bodyshape.

Bodybuilding

Também conhecida como fisiculturismo, é a modalidade em que os atletas treinam para desenvolver todos os músculos do corpo, que devem obter seu tamanho máximo, mas de forma equilibrada e harmônica.

Em uma competição, os julgadores avaliam se existem grupos musculares subdesenvolvidos ou pontos fracos. Os atletas que conseguirem maior riqueza de detalhes na construção muscular recebem as maiores notas. Eles também são avaliados pela visão geral do físico, que deve ter proporcionalidade e simetria.

Na pré-competição, o atleta deve ter um treinamento e dieta especiais para diminuir a gordura corporal ao nível mais baixo possível. Também deve eliminar a água abaixo da pele. Isso confere um aspecto seco e que ajuda na exibição do músculo em toda a sua forma.

Durante a exibição, os atletas devem executar poses obrigatórias, que ajudam a ressaltar os músculos para a avaliação dos árbitros, se apresentar de sunga (que deve ser de cor sólida, sem brilhos) e descalços. Eles não devem ter tatuagens que dificultem a visualização da musculatura, o que pode acarretar perda de pontos, nem deformidades musculares ou ginecomastia (crescimento da mama).

A competição inclui ainda uma rodada coreográfica com exibição do físico por 60 segundos ao som de uma música escolhida pelo atleta. A apresentação deve ser atraente, com poses obrigatórias e poses e movimentos não obrigatórios. A classificação é obtida a partir das notas das rodadas de físicos e da rodada coreográfica.

A categoria Bodybuilding tem subdivisões, que se organizam por peso e idade:

Sênior

Organiza-se por peso e tem oito divisões: até e incluindo 65 kg; até e incluindo 70 kg; até e incluindo 75 kg; até e incluindo 80 kg; até e incluindo 85 kg; até e incluindo 90 kg; até e incluindo 100 kg e acima de 100 kg;

Máster

É organizada por idade e por peso e tem três divisões:

  • Máster I (40-49 anos), com as categorias: até e incluindo 70 kg; até e incluindo 80 kg; até e incluindo 90 kg e acima de 90 kg;
  • Máster II (50-59 anos): até e incluindo 80 kg e acima de 80 kg;
  • Máster III (acima de 60 anos): categoria aberta.

Fisiculturismo clássico

É ideal para atletas que não querem desenvolver muito seus músculos, optando por uma silhueta mais “clássica”. Para avaliar esse físico, foi criada uma tabela de adequação, em que o peso dos concorrentes é limitado de acordo com sua altura.

É dividida em quatro categorias:

  • até e incluindo 1,68m;
  • até e incluindo 1,71m;
  • até e incluindo 1,75m;
  • até e incluindo 1,80m;
  • mais de 1,80m.
Aqui, como os músculos são menos desenvolvidos, avalia-se com mais atenção a qualidade e a visão geral do físico. Observam-se ainda as proporções do corpo e linhas, a forma muscular e a condição que o atleta se apresenta no dia da competição (densidade, nível de gordura corporal, definição e detalhes). A avaliação é feita durante apresentação com poses obrigatórias, em que os atletas desfilam de sunga e descalços.

Men’s physique

Lançada em 2012, se tornou muito popular rapidamente por não exigir um corpo tão musculoso. Seu critério principal é o conjunto da beleza do físico do competidor.

A categoria atrai homens que realizam o treinamento com pesos a fim de manter a forma, mantêm dieta saudável e equilibrada e que preferem um corpo menos musculoso, com aspecto atlético e esteticamente agradável.

Durante a apresentação, os concorrentes são avaliados por sua forma e simetria adequadas, combinadas com alguma musculosidade e principalmente com um bom estado geral. Eles devem ter presença de palco, postura e realizar uma série de poses para mostrar o físico.

Na Men’s physique, os competidores não se apresentam de sunga, mas sim de bermuda estilo surfista, o que descarta a avaliação da musculatura das coxas. Mas no caso de empate, as panturrilhas são usadas como critério de desempate. Eles desfilam descalços e não devem usar nenhum tipo de acessório ou joia. Permite-se apenas o uso de alianças de casamento.

A categoria está organizada nas seguintes subdivisões:

  • juvenil: até 23 anos e duas subdivisões com limite de altura de 1,70m a 1,75m; e maiores de 1,75m;
  • master: acima dos 40 anos, sem limite de altura;
  • sênior: idades entre 24 e 39 anos. Alturas limites de 1,70m, 1,74m e 1,78m. Altura livre de 1,78m para cima.

Bodyshape

Também chamada de fitness coreográfico, essa modalidade é semelhante ao fitness feminino. É bastante parecida com a Men’s physique, pois os atletas exibem um físico menos malhado, mas ainda atlético. As diferenças da categoria anterior ficam por conta da exibição dos atletas — que inclui duas rodadas de físico e uma coreográfica — e da apresentação feita de sunga, o que exige a avaliação da musculatura das coxas.

Os árbitros avaliam a linha geral do atleta, buscando um físico masculino atlético. Na parte coreográfica, ele deve exibir força, flexibilidade e movimentos de ginástica, ou de outra natureza, mas que ajudem a exibir sua capacidade atlética.

No final, os pontos de todas as rodadas são somados e geram as pontuações finais e as classificações.

Quais são os principais campeonatos de fisiculturismo?

Agora vamos falar das principais competições no Brasil e no mundo para você que sonha em ser atleta do fisiculturismo masculino.

Para quem está começando, o ideal é iniciar pelos pequenos eventos até chegar ao Campeonato Brasileiro, organizado pela Federação Internacional de Culturismo e Fitness (IFBB). A IFBB também tem competições regionais e estaduais, que podem ser um bom “start” na carreira dos novatos.

Para quem já tem alguma experiência no ramo e quer alçar novos voos, uma das maiores competições do ramo é a Arnold Classic Brazil/ América do Sul. O evento é um dos maiores da América Latina e, além das competições, reúne marcas, expositores e lojistas, transformando-se em uma grande vitrine para os atletas.

Disputar uma competição internacional é o sonho de todo grande atleta. Só que para isso é preciso fazer um currículo nas competições em “casa”, dentro do país, ser alçado à categoria profissional e aí, sim, ser aceito nas competições internacionais.

O Oscar do fisiculturismo é o Mister Olympia, que tem Arnold Schwarzenneger como grande ícone, e oferece a melhor premiação do mundo. Mas, para chegar lá, é preciso ser muito, muito, bom e preencher alguns requisitos, como:

  • ter vencido anteriormente uma das edições da competição ou ter sido top 6;
  • ter ficado entre os 6 finalistas da Arnold Classic;
  • estar entre os 5 finalistas do mesmo ano no Nova York Homens Profissionais;
  • ter ficado entre os 3 finalistas de qualquer competição organizada pela IFBB durante o ano anterior à realização do Mr. Olympia;
  • ser campeão do Masters World Championships;
  • ser convidado pelo organizador do evento para participar como “special guest”.

Se você ainda não se encontra em nenhuma das possibilidades de participar do Mister Olympia, isso nos leva à segunda competição mais importante, e que dá passaporte para o Olympia, a Arnold Classic.

Ela acontece em Ohio, nos Estados Unidos e, além de ser uma das maiores do ramo, oferece a possibilidade de receber o prêmio das mãos do próprio Arnold Schwarzenneger. É realizada no mês de fevereiro, tem premiação de US$ 130 mil, um carro Hummer e um relógio da marca Audemars Piguet. Nada mal, não?

O outro passaporte para ir ao Olympia é ter participado de qualquer competição do IFBB, por exemplo, o Mister América — uma das mais antigas e respeitadas do ramo. Ela existe desde 1939 e oferece premiação em dinheiro e uma bela vitrine para quem está no esporte.

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