homem colocando cigarro no cinzeiro

Cigarro e hipertrofia: entenda como fumar atrapalha a sua musculação

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No mundo da musculação, a busca pela hipertrofia muscular é um objetivo comum. Muitos dedicam horas na academia, mantêm dietas rigorosas e adotam um estilo de vida saudável para alcançar o corpo musculoso dos sonhos. No entanto, há um fator que muitas vezes fica em segundo plano, mas que pode ter um impacto significativo na busca por ganhos musculares: o tabagismo. Mas qual será a relação entre cigarro e hipertrofia?

O tabagismo é um problema global de saúde pública, conhecido por sua ligação com diversas doenças graves, como câncer de pulmão, doenças cardíacas e problemas respiratórios. 

No entanto, seu impacto sobre a musculação e a hipertrofia muscular é frequentemente subestimado. É crucial compreender que o tabagismo não é apenas prejudicial à saúde geral, mas também à busca de um corpo mais forte e saudável.

Confira a seguir qual a relação do cigarro e hipertrofia e veja como essa prática pode atrapalhar nos seus resultados!

Os efeitos nocivos do tabagismo

O ato de fumar envolve a inalação de fumaça de tabaco, que contém uma vasta gama de substâncias tóxicas e prejudiciais à saúde. Porém, existem dois principais componentes que afetam diretamente o organismo: a nicotina e o alcatrão.

A nicotina é uma substância altamente viciante encontrada no tabaco que afeta o sistema nervoso central e cria uma série de efeitos psicológicos e físicos. Apesar da nicotina não ser responsável por si só pelos efeitos carcinogênicos, a substância é capaz de desencadear a dependência, fazendo com que os fumantes não consigam abandonar o hábito.

É ela também que causa a sensação de prazer pelo percurso rápido que faz no organismo. No geral, a nicotina permanece em nosso corpo por duas horas. Depois desse tempo, cria-se uma nova vontade de fumar, causando uma sensação de abstinência quando essa vontade não é atendida. Assim, cria-se o vício em fumar.

Pesquisadores também descobriram em um estudo publicado no Journal of Pharmacopuncture que sistemas não dopaminérgicos também podem estar envolvidos no efeito recompensador da abstinência de nicotina. 

Já o alcatrão é uma mistura de substâncias químicas que se formam quando há a queima do tabaco. É nele que estão contidas as substâncias causadoras do câncer e as toxinas que prejudicam os pulmões e o sistema respiratório.

homem segurando um cigarro
O cigarro e hipertrofia não conversam entre si especialmente pela inflamação causada pelo tabaco

Além dessas doenças, que podem incluir a DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica – e bronquite crônica, o tabagismo também causa doenças cardiovasculares, aumentando o risco de aterosclerose e hipertensão, de acordo com dados de um estudo publicado no National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion.

O cigarro também contém monóxido de carbono, o mesmo gás tóxico que sai da descarga dos automóveis e que se associa à hemoglobina, dificultando a chegada do oxigênio aos tecidos. Com isso, dificulta a respiração do organismo, a cicatrização (inclusive muscular, no pós-treino) e a renovação celular, entre outras questões. 

O monóxido de carbono também se liga às nossas hemácias e deixa o sangue mais denso e grosso, causando a obstrução das veias. Isso faz com que o nosso organismo tenha de produzir mais hemácias para suprir a quantidade afetada pelo monóxido. 

Composição do cigarro

Além dessas substâncias mais conhecidas, o cigarro tem mais de 4.700 itens tóxicos. Veja alguns exemplos:

  • Terebina;
  • Xileno;
  • Tolueno;
  • Benzeno;
  • Níquel;
  • Cianeto;
  • Amônia;
  • Cetonas;
  • Formaldeído;
  • Naftalina (sim, aquela usada para matar insetos).

Tabagismo e Desempenho Físico

Por afetar diretamente a saúde cardiovascular, o tabagismo diminui o desempenho físico e consequentemente, afeta de forma negativa a hipertrofia muscular. Afinal, as substâncias presentes no cigarro irritam os pulmões e vias aéreas, levando a uma inflamação e estreitamento dos bronquíolos.

mulher acendendo um cigarro
A relação entre cigarro e hipertrofia afeta negativamente o desempenho físico e capacidade respiratório durante os treinos

Como resultado, o indivíduo acaba desenvolvendo uma menor capacidade de inspirar e expirar, prejudicando a entrada de oxigênio nos pulmões especialmente durante atividades físicas.

Um estudo publicado no Journal of Allergy and Clinical Immunology, mostrou que a inflamação sistêmica também é encontrada em pacientes com DPOC, condição que pode ser causada pelo tabagismo, e pode piorar comorbidades, como doenças cardiovasculares, diabetes e osteoporose. 

A nicotina também atua aumentando a frequência cardíaca e pressão arterial. Com isso, sobrecarrega o sistema cardiovascular e leva a uma demanda maior de oxigênio. Esse aumento faz com que a capacidade cardiorrespiratória acaba ficando menos eficiente durante os treinos.

Esse impacto negativo também pode ser visto durante a recuperação muscular. Isso porque fumar está ligado a um aumento da frequência cardíaca também no repouso. Ou seja, seus batimentos ficam acelerados não apenas quando você está se exercitando, mas também quando está parado.

homem treinando
Indivíduos fumantes não conseguem progredir nos treinos

Esse efeito acaba dificultando o transporte de oxigênio para os músculos, fazendo com que os fumantes não consigam sustentar esforços de resistência como correr ou séries extensas de levantamento de peso.

Outro estudo sobre o assunto publicado no Hellenic Journal of Cardiology, os fumantes possuem uma frequência cardíaca em repouso significativamente maior do que os não fumantes. Este mesmo estudo também avaliou a frequência cardíaca dos fumantes durante as atividades físicas e descobriu que os fumantes não conseguiram atingir sua frequência cardíaca máxima prevista para a idade.

Junto a todos esses malefícios, as substâncias presentes no tabaco retardam a recuperação após o exercício por reduzir a capacidade de reparação dos tecidos musculares que são danificados durante os treinos, de acordo com dados do estudo publicado no American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism.

A relação entre o cigarro e hipertrofia

Um dos maiores problemas do tabagismo em relação à hipertrofia é a inflamação crônica.  A fumaça do cigarro contém substâncias tóxicas que desencadeiam uma resposta inflamatória crônica no corpo, que pode inibir a síntese de proteínas musculares, tornando mais difícil para o corpo construir e reparar o tecido muscular após o exercício.

O cigarro também acaba comprometendo a capacidade do sistema circulatório em transportar nutrientes essenciais como aminoácidos, já que dificulta a circulação sanguínea. Com isso, os aminoácidos disponíveis para a síntese de proteínas são menores, o que leva a uma menor capacidade de hipertrofia.

Além disso, os fumantes produzem mais miostatina — hormônio conhecido como fator 8 de crescimento e diferenciação, que limita o crescimento muscular, de acordo com dados do estudo também publicado no American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism. 

Isto significa que, mesmo que a pessoa treine muito, o organismo não consegue se desenvolver. E na maioria dos casos, o ganho de massa muscular fica difícil até mesmo com a suplementação.

Outro ponto importante é que como o tabaco reduz a capacidade cardiorrespiratória e eficiência do transporte de oxigênio, os fumantes acabam tendo menos energia e resistência durante os treinos intensos, tornando mais difícil alcançar o estímulo necessário para a hipertrofia.

Além de prejudicar o processo de hipertrofia em si, o cigarro ainda reduz a massa muscular magra por afetar a síntese proteica e aumenta a degradação muscular. Ou seja, além de não ganhar massa, você ainda perde a massa que já tinha.

Outro fator importante é que, quando reduzimos a capacidade de oxigenação do músculo ao fumar, a irrigação sanguínea — e consequentemente a chegada de nutrientes ao tecido muscular, além da renovação celular — é extremamente prejudicada. Assim, não será possível crescer como um atleta não fumante.

Esse tipo de prática acaba gerando um esforço inútil, já que você treina cada vez mais e suplementa as proteínas de acordo com os resultados que deseja, e não consegue alcançar seus objetivos.

Como a musculação pode te ajudar a se livrar desse vício?

Se você é fumante e deseja ganhar massa muscular, os exercícios físicos podem te ajudar a se livrar desse vício. Afinal, a atividade física libera substâncias que causam prazer no organismo, o que pode acabar gerando um conforto semelhante ao que o cigarro causava, mas sem os malefícios causados pela nicotina e outras substâncias tóxicas.

homem fazendo musculação em máquina
Os hormônios liberados durante as atividades físicas podem ajudar a combater os sintomas da abstinência do cigarro

Além disso, você poderá provar a sensação de bem-estar causada pela atividade física e ficar muito mais perto do seu objetivo, já que não terá substâncias nocivas prejudicando o transporte de oxigênio em seu organismo. Com isso, conseguirá treinar mais, aumentando sua resistência e constância nos treinos.

Caso você precise de ajuda, é sempre importante buscar um profissional na área para lhe auxiliar a vencer esse vício.

Como os suplementos podem te ajudar nesse processo?

Whey Protein

Muitas pessoas que param de fumar podem acabar tendo um aumento no apetite e desejos por lanches. O Whey Protein pode ser uma opção saudável para substituir lanches menos saudáveis, ajudando a controlar a ingestão de calorias enquanto fornece proteína de alta qualidade para apoiar a recuperação muscular.

BCAAs (Aminoácidos de Cadeia Ramificada)

Durante o processo de parar de fumar, o corpo pode estar mais suscetível ao catabolismo, onde o tecido muscular é quebrado para fornecer energia. Os BCAAs podem ajudar a minimizar esse processo, promovendo a síntese de proteínas musculares e reduzindo a degradação muscular.

Creatina

A creatina é conhecida por melhorar a energia e o desempenho durante os exercícios de alta intensidade. À medida que você deixa de fumar e começa a se exercitar regularmente, a creatina pode ser benéfica para aumentar a qualidade de seus treinos, o que também pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade associados à abstinência do vício no tabaco.

Agora que você viu a relação entre cigarro e hipertrofia, e entendeu que a nicotina e outras substâncias presentes no cigarro prejudicam o processo de ganho de massa, busque ajuda para largar o vício no tabaco se esse for o seu caso. Além de prejudicar o ganho de massa magra, o cigarro ainda prejudica a saúde como um todo, podendo causar problemas respiratórios, diabetes e câncer.

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